sábado, 22 de dezembro de 2007

Capítulo 8 - Futuro: Brinquedos Reais vs Brinquedos Virtuais

Papert, neste último capítulo, leva-nos a reflectir acerca do futuro, nomeadamente sobre o relacionamento entre as crianças e as novas tecnologias.
Pois bem, pensando num passado ainda relativamente próximo, para mim não havia nada melhor, na minha infância, do que poder brincar com brinquedos reais. Brincar com bonecos e bonecas e imaginar mil e uma histórias de vida para eles, brincar com puzzles, legos, jogos de dados e fazer inúmeras brincadeiras com os meus amigos na rua ou em casa! Para mim, todos estes momentos foram importantes e essenciais no meu crescimento e aprendizagem!
Contudo, e verdade seja dita, houve um pequeno jogo electrónico que surgiu na altura, que despertou o meu interesse e de muitas outras crianças: o Tetris – um pequeno jogo electrónico com diversas pecinhas de formas diferentes, em que á medida que estas iam aparecendo no ecrã, tínhamos de as encaixar umas nas outras e formar linhas com elas, quantas mais linhas fizéssemos mais pontos ganhávamos! Actualmente, olha-se a olhos vistos todo o tipo de jogos electrónicos à venda e igualmente os programas de software que existem para crianças.
Não tiro a razão ao autor, o futuro dos brinquedos digitais pode contribuir para o desenvolvimento de certas capacidades e aprendizagens numa criança, nomeadamente, por exemplo, a fluência tecnológica. Contudo, actualmente, o que mais me suscita preocupação, é, por exemplo, chegar a casa do meu afilhado e ele estar enfiado no quarto, sozinho, agarrado ao GameBoy ou á PlayStation, entre outros aparelhos digitais, em vez de estar na rua, num dia de sol, a brincar com os amigos.
Hoje em dia, cada vez mais são as crianças que se fecham em casa com as suas novas tecnologias… cabe aos pais moderarem estes comportamentos, pois se num ponto de vista os brinquedos digitais até contribuem para a aquisição de certas capacidades e competências, podem também tirar outras aprendizagens e conhecimentos como por exemplo, um simples processo de socialização!

Para quem gosta e tem saudades de jogar o famoso Tetris, click em cima do link e divirta-se por um momento: http://www.planetajogos.com/classicos-tetris.html

7º Capítulo - Computadores vs Escola

Neste capítulo, Papert remete para a introdução dos computadores nas escolas e todo o seu contexto e comunidade escolar. Este assunto tem muito que se lhe diga… a meu ver existem muitas coisas boas na introdução dos computadores nas escolas mas também existe muita coisa que não é tão boa neste processo.
Actualmente, o uso do computador nas escolas tem vindo a aumentar gradualmente, contudo por vezes ainda nos deparamos com alguns problemas:
- A falta de formação por parte dos professores em relação a esta tecnologia – é essencial que professores e educadores tenham o conhecimento total sobre o uso do computador e sobre os programas e métodos a ter, mais importantes, para que se produza um bom desempenho no desenvolvimento de capacidades e conhecimentos por parte das crianças.
- A forma como o computador é encarado (forma de lazer) – é deveras importante que o uso de computador na escola seja essencialmente para uso em contexto educativo. A maioria das crianças, hoje em dia, têm pelo menos um computador em casa, e a maior parte das vezes usam-no como forma de lazer e não como uma ferramenta pedagógica, deste modo, é também importante que as crianças se apercebam que o computador não é apenas um brinquedo onde se pode jogar jogos muito divertidos, mas também uma máquina onde elas podem ir além das suas curiosidades e capacidades, aprendendo mais (e melhor).
Em suma, é importante a introdução do uso de computadores nas escolas promovendo, assim, as práticas educativas. Contudo é importante também não esquecer os métodos tradicionais de ensino, não existe mal nenhum em as crianças aprenderem a dizer a tabuada ou a contarem pelos dedos quando estão a fazer contas de somar ou de subtrair! No meu ponto de vista, o uso das tecnologias, incluindo o computador, tem de ser moderado, pois estas têm o intuito de facilitar a nossa aprendizagem e não de fazerem o trabalho por nós!

Capítulo 6 - Projectos

Este capítulo foi estruturado em torno de projectos susceptíveis de serem postos em prática por todos nós, independentemente da idade ou do nível de competência tecnológica de cada um.
Com estes projectos pretende-se criar um ambiente onde seja possível obter ideias, métodos e modelos que sirvam de inspiração para a realização de actividades desenvolvidas individualmente ou colectivamente (em família…).
Por exemplo: O Microworlds é um programa informático de simples e fácil utilização e pode ser usado por qualquer pessoa independentemente do seu conhecimento informático. É um programa aberto, pois tanto se pode comportar como um processador de texto como pode ser utilizado como um programa de pintura, e basta um pequeno clique num ícone para ele nos apresentar a ferramenta que pretendemos utilizar!
Deste modo, devemos estar sempre de braços abertos para novos projectos que nos vão aparecendo, procurando SEMPRE enfrentar e ultrapassar obstáculos e dificuldades com que nos vamos deparando. Digo isto, pois, é muito comum entre os mais desinteressados por estas coisas de computadores, que há primeira dificuldade visualizada, bloqueiem e não queiram mexer em mais nada nem se quer tentar resolver a dificuldade autonomamente, sem pedir ajudar ou recorrer a manuais. Com isto o que eu quero dizer (e concordando com Papert) é, há que ter aquela curiosidade interior, aquele gozo para tentar resolver as coisas por tentativas e erros; não há nada melhor do que conseguirmos as coisas por nós próprio e interessarmo-nos por aquilo que possivelmente até conseguimos fazer, pois no final até nos sentimos bem connosco próprios e sentimo-nos realizados e satisfeitos! A isto chama-se fluência tecnológica, capacidade que só se adquire com a prática do uso do computador, através de uma aprendizagem por tentativas e erros!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Computador vs Família - 5º Capítulo

Ao longo da leitura deste livro, Papert não esconde uma das suas grandes preocupações em relação ao relacionamento/conflito triangular existente entre o computador, as crianças e os adultos/pais.
Segundo o autor, os pais devem ver o computador como uma nova forma de estabelecerem contacto e de manterem uma relação de proximidade com os seus filhos, na medida em que este pode ser um meio de coesão familiar e não de desunião. Deste modo os pais devem passar mais tempo a tentarem encontrar interesses em comum, ou projectos que possam fazer em conjunto com os seus filhos.
O computador pode contribuir de uma maneira admirável, para o desenvolvimento da cultura familiar de aprendizagem – modo como a família pensa sobre o que é aprendizagem (as suas crenças, actividades preferidas e tradições que lhe estão associadas) – ao possibilitar um desafio constante sobre o modo de o utilizar; pois existe uma grande quantidade de novas capacidades computacionais que se podem adquirir.
As crianças podem aprender muito através dos pais, mas os pais também podem e devem aprender a partir dos filhos, quando falamos de computadores. É necessário ajudá-los mas tendo em atenção que cada pessoa tem o seu estilo de trabalho e de aprendizagem diferentes, a mesma estratégia pode não se adequar a duas pessoas, por exemplo, da mesma idade.
O computador pode ser utilizado por todas as pessoas, adultos ou crianças, crianças do sexo masculino ou do sexo feminino (pois não são só os rapazes que gostam e se interessam por computadores), também avós e pessoas muito mais velhas que nós o podem utilizar, tirando também, deste modo, provento deste. A nós, cabe-nos apenas ajudá-los e apoiá-los na utilização do computador acompanhando as suas novas aprendizagens e aquisições.
Uma das grandes vantagens de se trabalhar com um computador é transformar o desempenho intelectual em algo pessoalmente significativo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Valores - 4º Capítulo de "Família em Rede"

O autor, neste capítulo, debruça-se sobre os valores inerentes ao modo como a educação é conduzida, chamando deste modo a atenção ás técnicas de aprendizagem e ás práticas educativas existentes actualmente.
É de valor também pensar em aprendizagem na família, tendo em conta a preservação dos valores de cada indivíduo (de cada criança). É assim, muito importante que exista diálogo e partilha de experiências e conhecimentos dentro do seio familiar, pois permitirá, deste modo, que se estabeleçam laços de confiança e de um relacionamento mais forte e próximo entre os indivíduos.
Papert acredita ainda que os adultos devem estimular a aprendizagem da criança. Estes devem disponibilizar todo o tipo de materiais recentes e importantes para que a criança se desenvolva num ambiente harmonioso, contribuindo ainda assim como uma forma de incentivo para a elaboração de actividades por parte da criança.
O computador, este é um verdadeiro exemplo de um material bastante importante, quando utilizado neste contexto. Existem diversos softwares que se podem utilizar de forma a contribuírem e a apoiarem favoravelmente a criança, desde que adequados ao seu próprio nível de desenvolvimento. É verdade, que o uso do computador, mais propriamente da Internet, pode trazer alguns perigos à criança, contudo a Internet, quando utilizada conscientemente e com um acompanhamento próximo e seguro, este recurso permite que a criança adquira gosto pela descoberta e vá em busca do que realmente lhe desperta interesse, estimulando assim o desenvolvimento da aprendizagem e aquisição de novos conhecimentos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Aprendizagens e conhecimentos adequiridos

Este último mês tem sido um pouco stressante, pois tenho estado, e continuo ainda, sem computador em casa e isso implicou logo não ter acesso à internet em casa também, facto que complicou o pouco as minhas postagens no blog, pois além de estudante sou também trabalhadora e ando sempre a correr de um lado para o outro e nem mesmo na faculdade tenho tempo para ir à sala de computadores. Mas bom, isto para explicar o porquê destas 3 postagens seguidas.

Em relação ás últimas aulas práticas tivemos a preencher uma ficha de análise e de avaliação sobre a nossa tecnologia escolhida: Youtube, SlideShare e Flickr, contudo achámos muito importante falar também do Teachertube. Assim sendo, sendo quatro tecnologias e nós quatro elementos no grupo, decidimos cada uma focar mais a sua atenção numa determinada tecnologia. Deste modo, eu fiquei responsável pela elaboração da ficha de análise e de avaliação do SlideShare. Esta ficha tinha como finalidade a recolha de informação ao nível de identificação, apreciação global e potencial pedagógico da tecnologia em questão.
Pude constatar que o SlideShare tem muitas potencialidades a nível pedagógico e é bem simples a sua utilização. De um modo geral o SlideShare permite a troca e partilha de apresentações, referentes a um ou mais temas/assuntos, entre vários intervenientes e visitantes do site. Estes podem visualizar e comentar apresentações e até fazerem-se membros de um grupo do seu interesse.
É possível deste modo a interacção entre diversos profissionais e estudantes, partilhando deste modo experiências, ideias e opiniões, conhecimentos e aprendizagens entre si, de forma a melhorarem e a incentivarem a sua aprendizagem.
Por exemplo: Um aluno pode colocar apresentações sobre as suas aprendizagens e evoluções tomando assim consciência do percurso que efectuou. Deste modo o professor também pode acompanhar o desempenho e evolução do aluno (fornecendo feedback do trabalho realizado pelo aluno) introduzindo e seleccionando apoios que melhorem a sua aprendizagem e aquisição de conhecimentos.
As apresentações e comentários efectuados tornam-se assim instrumentos de diálogo e de conexão entre os alunos e professores, permitindo deste modo uma reflexão contínua das actividades desenvolvidas de forma a estudarem melhor o processo de estruturação das aprendizagens: aquisições esperadas e adquiridas, obstáculos já superados, dúvidas, etc. Desta forma, tanto o aluno como o professor têm a oportunidade de desenvolver capacidades de registo, de organização e de planificação do seu trabalho. Desenvolvem também a capacidade de análise crítica dos conteúdos e das aprendizagens apresentadas na forma como desenvolvem as suas apresentações, como efectuam esse progresso e como ultrapassam as dificuldades encontradas.

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"Família em Rede" - Cap. 3

Neste 3º capítulo, o autor começa por fazer uma comparação entre duas lojas que visita numa zona comercial, atribuindo posteriormente a cada uma delas um tipo de aprendizagem: na primeira loja que visita, a “Abacus”, encontra muito material de qualidade – livros, material de pintura, estojos científicos – contudo apenas existe um único computador em toda a loja – a caixa registadora; enquanto que na segunda loja, a “maior loja de brinquedos da região”, o autor vê letreiros a avisar a chegada de “títulos mais recentes de software” contudo depara-se com uma incapacidade de analisar qualquer software ali presente perante a multidão que se encontrava dentro da loja, perante o próprio material que se encontrava embalado e devido ao facto de não conseguir visualizar nenhum empregado especializado para pedir informações ou esclarecimentos sobre o material em questão.
O autor distingue assim, dois tipos de aprendizagem: aprendizagem tradicional (primeira loja) e aprendizagem por computador (segunda loja). Através delas Papert alerta-nos então, para a preocupação das técnicas de compra e venda de softwares para crianças, pois tem de existir um bom acompanhamento para se fazer uma boa escolha e o mais importante ainda à que ter em conta também o nível de desenvolvimento cognitivo da própria criança. Actualmente, já existem muitos fabricantes de softwares que se concentram na elaboração de materiais que ajudam outras formas de aprendizagem, tais como o desenvolvimento de capacidades de investigação, a resolução de problemas ou a imaginação criativa; ou seja, à que saber escolher para depois se aprender.
Deste modo, e durante todo este capítulo, o autor fundamenta toda a sua preocupação no uso de softwares por parte das crianças, aconselhando ainda todos, e em especial aos pais, que estes programas, quando escolhidos por nós, devem ser uma mistura de procura e divertimento, sabedoria e instrução. O uso do computador é vantajoso quando a criança pode dirigir as suas aprendizagens para o seu próprio desenvolvimento cognitivo e social.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

2ª Reflexão do Livro de Leitura

No capítulo 2, de Família em Rede, Seymour Papert remete para o futuro das tecnologias e a sua importância na aprendizagem das crianças.
Papert refere deste modo duas visões no que diz respeito à forma como os adultos vêem a evolução das tecnologias:
- Ciberutópicos (visão positiva): elogiam as potencialidades das tecnologias;
- Cibertópicos (visão negativa): temem e avisam-nos dos diversos perigos que as tecnologias nos podem trazer.
Contudo, o autor não concorda totalmente com nenhuma das perspectivas mencionadas, não tomando assim partido de nenhuma delas. Papert visa a importância das tecnologias na educação, pois na sua opinião esta revolução digital fornece oportunidades para uma vida melhor, na medida em que pode ajudar as crianças a desenvolver conhecimentos e aprendizagens do seu interesse e não só. Deste modo, pode-se afirmar que uma das maiores contribuições do computador é a oportunidade para as crianças experimentarem a excitação de se empenharem em perseguirem os conhecimentos que realmente desejam obter.
Porém, e apesar das diversas vantagens que a tecnologia nos pode trazer por vezes, actualmente, esta pode ser mal aproveitada e usada descuidadamente, em lugar de o ser para beneficiar as crianças, surgindo assim um mau aproveitamento do computador tornando-o deste modo prejudicial quer para as crianças com também para os adultos.
Um dos problemas que tentamos ultrapassar nos dias de hoje é o uso das tecnologias na educação, não que isto seja um problema, o que se passa é que muitos profissionais pensam que a tecnologia na educação veio para os substituir, estes receiam e recusam-se a usá-la com medo de serem substituídos, sem nunca deste modo tentarem evoluir e inovar o sistema de ensino. Neste ponto de vista, estou consciente que o desenvolvimento das tecnologias surgiu para nos facilitar a vida, muitas escolas continuam “agarradas” ao sistema de ensino dito tradicional, os nossos profissionais têm de olhar para as tecnologias, não como uma forma de substituição mas sim como uma forma de acumular, melhorar e ajudar o sistema de ensino.
Deste modo, faz sentido que exista um desenvolvimento das tecnologias na educação, os computadores nas escolas (e em casa também) quando bem aproveitados podem acompanhar e melhorar o desenvolvimento, o ritmo da criança permitindo uma evolução no seu processo educativo.