sábado, 1 de dezembro de 2007

Computador vs Família - 5º Capítulo

Ao longo da leitura deste livro, Papert não esconde uma das suas grandes preocupações em relação ao relacionamento/conflito triangular existente entre o computador, as crianças e os adultos/pais.
Segundo o autor, os pais devem ver o computador como uma nova forma de estabelecerem contacto e de manterem uma relação de proximidade com os seus filhos, na medida em que este pode ser um meio de coesão familiar e não de desunião. Deste modo os pais devem passar mais tempo a tentarem encontrar interesses em comum, ou projectos que possam fazer em conjunto com os seus filhos.
O computador pode contribuir de uma maneira admirável, para o desenvolvimento da cultura familiar de aprendizagem – modo como a família pensa sobre o que é aprendizagem (as suas crenças, actividades preferidas e tradições que lhe estão associadas) – ao possibilitar um desafio constante sobre o modo de o utilizar; pois existe uma grande quantidade de novas capacidades computacionais que se podem adquirir.
As crianças podem aprender muito através dos pais, mas os pais também podem e devem aprender a partir dos filhos, quando falamos de computadores. É necessário ajudá-los mas tendo em atenção que cada pessoa tem o seu estilo de trabalho e de aprendizagem diferentes, a mesma estratégia pode não se adequar a duas pessoas, por exemplo, da mesma idade.
O computador pode ser utilizado por todas as pessoas, adultos ou crianças, crianças do sexo masculino ou do sexo feminino (pois não são só os rapazes que gostam e se interessam por computadores), também avós e pessoas muito mais velhas que nós o podem utilizar, tirando também, deste modo, provento deste. A nós, cabe-nos apenas ajudá-los e apoiá-los na utilização do computador acompanhando as suas novas aprendizagens e aquisições.
Uma das grandes vantagens de se trabalhar com um computador é transformar o desempenho intelectual em algo pessoalmente significativo.

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