domingo, 30 de setembro de 2007

1º Capítulo - "Família em Rede"

Após a leitura do 1º capítulo do livro "Família em Rede" de Seymour Pappert apercebi-me da realidade de certos factos que o autou relata.
Dei conta de como existe efectivamente um conflito entre adultos e crianças/jovens em relação aos computadores. Os adultos têm a noção de que um computador pode ser importante para uma melhor aprendizagem das crianças, contudo o problema reside em eles não saberem bem que perigos é que esta tecnologia pode trazer e influenciar a criança, embora isto se deva à falta de conhecimento dos adultos em relação ao computador!
Ao ler isto recordei um episódio que aconteceu à uns tempos quando eu tentava explicar à minha mãe as aprendizagens mais básicas para se saber usar minimamente um computador; pois bem, senti realmente um atrito entre mim e ela, apercebi-me que se passou praticamente o que o autor refere numa passagem sua deste capítulo:

"... a maioria dos pais são muito lentos a compreender o PC. Para eles, até os passos mais simples da utilização de um processador de texto têm de ser explicados durante horas a fio. Apesar de quererem realmente aprender, acabam por não o conseguir e é frequente que os cursos de computador também não ajudem. Normalmente, isto conduz a uma resignação de ambos os lados: nós, os jovens, olhamos para os adultos como sendo inferiores, e as gerações mais velhas consideram os jovens arrogantes e incapazes de explicarem e ensinarem realmente...." (Pappert, 1996, pp.29).

Assim, Pappert dá ênfase durante todo este capítulo à importância dos meios de comunicação digitais em relação a uma melhor aprendizagem de cada indivíduo. O uso de computadores nas escolas devia ser aumentado, pois segundo o autor, e pessoalmente também concordo, actualmente existem muito mais computadores em casa do que nas escolas, ou seja, as crianças passam muito mais tempo a realizar tarefas assistidas pelo computador em casa do que na escola. Este facto devia ser olhado com grande importância por diversos motivos, na medida, por exemplo, em que na escola as crianças podiam ser acompanhadas por um profissional e elaborar outras actividades para seu benefício, facto que não acontece por vezes em casa.
Papper realça também que o domínio dos computadores por parte dos pais é uma mais valia, pois desta forma os adultos podem acompanhar e orientar a aprendizagem das crianças de perto e com menos preocupações.

Venha agora o próximo capítulo!

Sem comentários: